Qual é a razão de nosso ministério?
Pr. Áquila Serra Cabral
Quarta Igreja Batista de Nilópolis
Filipenses 1.12-18
Renaut Van Der Reitdisse em um congresso em que estive que a teologia bíblica deve ser feita de doutrinas e experiências, assim como o corpo humano é feito de ossos e carne. As doutrinas são como ossos. Sozinhas (sem a experiência pessoal) elas são assustadoras. As experiências são como a carne. Sem a doutrina (estrutura óssea) não toma forma e não consegue se sustentar.
Paulo, antes chamado Saulo, era de Tarso, judeu da Tribo de Benjamim, dominava a arte de fazer tendas, estudou aos pés de Gamaliel, tendo sido antes Fariseu e perseguidor dos cristãos. Encontrou com Cristo a caminho de Damasco e após isso, batizado em uma rua chamada Direita.
Filipos é o nome da cidade dos crentes que recebem a carta de Paulo. Filipos, que se chamava Crênedis, leva esse nome em 356 A.C, por causa de Filipe da Macedônia, ou Felipe II, que era um político proeminente e vem a ser pai de Alexandre, o Grande.
No ano de 42 A.C, o imperador Augusto venceu seus dois maiores opositores, Antônio e Cleópatra. Por causa dessa vitória Augusto deu a seus soldados terras em Filipos. Por isso tornou-se colônia Romana, habitada em sua maioria por soldados romanos reformados, e todos os seus habitantes tinham cidadania romana concedida, pelo fato de morarem lá.
Vemos o início dessa igreja em Atos 16, quando Paulo está com Timóteo nessa cidade por volta do ano 52. Ocorrem aqui alguns fatos interessantes como por exemplo a conversão de uma mulher rica chamada Lídia, que provavelmente sediou a igreja em sua casa e a de uma jovem possessa, que era usada como fonte de lucro por seus senhores por ser possuída por um espírito de adivinhação. Por causa disso Paulo e Silas são presos e o carcereiro da prisão também se converteu a Cristo (I Co 1.28).
Quero subir nos ombros desse gigante chamado Paulo para que possa falar sobre essas coisas que são muito maiores do que eu. Contudo, preciso de forma visceral da presença do Espírito Santo para que no abrir de minha boca só saia aquilo que Ele mesmo já determinou.
Exposição
(v.12)Irmãos, quero que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para o avanço do evangelho;
Warren Wiersbe em seu comentário de Filipenses, que diz: “O mesmo Deus que usou o bordão de Moisés, os jarros de Gideão, a funda de Davi, usou as cadeias de Paulo. O apóstolo Paulo alcançou pessoas que jamais alcançaria se não estivesse na prisão. Também disse que Paulo queria ir a Roma como pregador, mas em vez disso foi como prisioneiro!
A biografia de Paulo é cheia de sofrimentos. Certamente ele estava incluindo as coisas que passou na própria cidade de Filipos. Ele nos dá uma lista de coisas que lhe aconteceram, na segunda carta aos Coríntios:
2 Coríntios 11.23-28 “23 São servos de Cristo? Sou ainda mais (falo como se estivesse louco), muito mais em trabalhos; muito mais em prisões; em chicotadas sem medida; em perigo de morte muitas vezes; 24 cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove chicotadas. 25 Três vezes fui espancado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei um dia e uma noite em mar aberto. 26 Muitas vezes passei por perigos em viagens, perigos em rios, perigos entre bandidos, perigos entre os do meu próprio povo, perigos entre gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; 27 em trabalho e cansaço, muitas vezes em noites sem dormir, com fome e com sede, muitas vezes sem comida, com frio e com falta de roupas. 28 Além de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação com todas as igrejas”.
Paulo estava dizendo: passei por revezes, mas estou inteiro para a glória de Deus. Ele se recusa a sentar na cadeira da vítima pra esperar ajuda. “As coisas que me aconteceram contribuíram para o avanço do evangelho...” é uma forma de dizer que não se arrependeu de absolutamente nada.
Paulo fala sobre o avanço do Evangelho. A palavra avanço é prokope (prokope), que tem a mesma tradução para progresso. Russel Shedd nos lembra que o termo era usado em ações militares, onde trabalhadores iam à frente dos soldados, abrindocaminhonamata para que o exército pudesse avançar. Paulo olha para trás e fica feliz porque apesar de seus sofrimentos, das feridas no corpo, ele estava vislumbrando um grande exércitomarchandono caminho que ele abriu com as próprias mãos. é o que o autor de Hebreus chama de “tão grande nuvem de testemunhas”.
A poetisa e compositora Fanny Jane Crosby (1820-1915) ficou cega com apenas seis semanas de vida. Sua vida foi a prova de que dificuldade alguma pode conter a unção de Deus, nem mesmo tirar o prazer de um dos servos. É difícil ficar passível diante da força das palavras do hino 15 do tradicional Cantor Cristão, cujo título é Exultação:
A Deus demos glória, com grande fervor, | Seu Filho bendito por nós todos deu
A graça concede ao mais vil pecador, | abrindo-lhe a porta de entrada no céus
Exultai, exultai, vinde todos louvar | a Jesus, Salvador, a Jesus redentor
a Deus demos gloria, porquanto do céu, | Seu filho bendito, por nós todos deu!
Crosby escreveu seu primeiro cântico aos 44 anos. Chegou a compor sete canções em apenas um dia. Como de hábito, não iniciava seu trabalho sem antes dedicar horas à oração. Em 1858, casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexander Van Alstyne. A vida trouxe-lhe uma das maiores aflições que uma pessoa pode enfrentar: a perda de um filho, que morrera ainda pequeno. Mesmo assim, compôs canções com Segurança:
Vivo feliz, pois sou de Jesus, | e já desfruto o gozo da luz
Sou por Jesus herdeiro de Deus | Ele me leva à glória dos céus.
Canta minha alma, canta ao Senhor, rende-lhe sempre ardente louvor. – 2X
Paulo não afirma que estava gostando de seus sofrimentos. Ele não havia surtado. O que ele disse era que “... as coisas que me aconteceram contribuíram para o avanço do evangelho”. O apóstolo Paulo de alguma forma também estava fisicamente limitado, mas se sentia extremamente útil no reino de Deus. Aqui entendemos um de seus versos mais conhecidos:
Romanos 8.28 “Sabemos que Deus faz com que todas as coisas concorram para o bem daqueles que o amam, dos que são chamados segundo o seu propósito”.
Os efeitos da prisão de Paulo. (vs. 13, 14)
1) Testemunho para os não crentes:
(v.13) a tal ponto de ficar claro para toda a guarda pretoriana e para todos os demais que é por Cristo que estou na prisão.
Seu sofrimento estava anunciando Cristo em toda guarda pretoriana. Essa guarda era formada de nove mil homens selecionados a dedo para servirem ao imperador. Eles tinham o salário dobrado para que não fossem seduzidos mesmo diante de muita pressão. Eles eram treinados para se manterem fiéisaoimperador.
O comportamentode Paulo estava mostrando a todos eles o que realmente significava fidelidade a um senhor. Os soldadoseram fiéis por que eram bem pagos para isso, mas Paulo estava se mostrando fiel mesmo diante de tantas injustiças. Os turnos mudavam de seis em seis horas, o que significava que Paulo podia dar testemunho, pelo menos, a quatro homens por dia.
WatchmanNeefoi pastor durante um tempo de severas proibições ao evangelho na China. Pastoreou a maior igreja desse país até então. Foi preso, mas continuou a pastorear seu rebanho por cartas. A igreja crescia assustadoramente. O governo chinês, sabendo disso, mandou que quebrassem os braços de Nee na prisão, para que não escrevesse mais à igreja. Mas isso não roubou sua alegria. Cantava louvores ao Senhor vigorosamente naquela prisão fria e injusta. Isso era motivo para a conversão de muitos. Sabendo disso, o governo mandou que seus agentes fossem até a prisão de WatchamNee para que lhe cortassem a língua e a trouxessem em uma bandeja. Nee, que media um metro e noventa e cinco de altura, chegou a pesar quarenta e cinco quilos, disse: Antes que cortem minha língua, permitam-me cantar um último hino ao meu Redentor. Depois disso, já muito enfermo, suas últimas palavras foram: "Apesar da minhadoença, ainda continuo cheio de alegria em meu coração". Semanas depois Nee veio a falecer. Sua história ainda conta que todos os soldados que cuidaram de WatchmanNee na prisão, se converteram aos pés de Cristo por seu testemunho.
Paulo também sabia glorificar a Deus com seu sofrimento. Não só a guarda pretoriana, mas como ele diz “todos os demais...”. Havia muita gente envolvida pelo testemunho de Paulo. Foi um grande avivamento o resultado de sua prisão.
Outro efeito das prisões de Paulo foi o ânimo para seus irmãos na fé na pregação.
2) Encorajamento para os crentes:
(v.14) E, animados pelas minhas prisões, a maior parte dos irmãos no Senhor tem muito mais coragem para falar sem medo a palavra de Deus.
Sabemos que quando sofremos com resiliência e perseverança, nos tornamos boas referências para os que estão à nossa volta. Esses dois efeitos na vida de Paulo nos parecem raros hoje. Há muitos, que ao invés de serem como Paulo, produzem o efeito inverso; dão um péssimo testemunho para os não crentes e desanimam os crentes.
Susana Spurgeon, foi a esposa do grande pregador C.H.Spurgeon. Logo no princípio da sua vida de casada, a senhora Spurgeonficou inválida. Mas Deus deu-lhe a responsabilidade de partilhar os livros do seu marido com pastores que não tinham possibilidade de os comprar. Organizou o Fundo do Livro, para equiparmilhares de pastores com os instrumentos necessários para o seu trabalho.
Há muitos missionários na Índia hoje pela inspiraçãodeCarey. traduziu a Bíblia para 44 e línguas e dialetos. Através de seus esforços a Bíblia se tornou disponível para cerca de trezentas milhõesde pessoas.
Assim também, quando os crentes olhavam para a vida de Paulo em seu tempo, ficavam encorajados para pregar o evangelho.Muitos tinham medodetestemunharporcontradapressãodoimpério de Nero, mas com a prisão e o testemunho de Paulo, muitos cristãos foram encorajados a darem ser testemunho em nome de Cristo.
Duas razões para o ministério
(v.15) É verdade que alguns pregam Cristo até mesmo por inveja e discórdia, mas outros o fazem com boas intenções.
A partir desse verso, Paulo fala sobre algo que estava acontecendo em Roma, no meio daqueles que pregavam o evangelho. Os que pregavam o evangelho se dividiram em dois grupos. Um pelo amor a Cristo outro por inveja. Paulo escreve aos Filipenses sobre isso numa espécie de aviso como “olhem, não estou participando dessa competição...”.
Para Paulo, o foco não era ele, nem seus opositores, nem suas prisões, nem sua dores. Para ele, o foco era a mensagem do Evangelho. Essas coisas não amarguraram o coração de Paulo. Ele sabia que o maior presente de Deus para a humanidade era o evangelho.
Em Roma, onde provavelmente Paulo estava preso, já havia uma igreja, mesmo antes dele chegar. Não era uma igreja fundada pelos apóstolos. Certamente, alguns cristãos proeminentes daquela igreja se sentiram ameaçados pela presença de Paulo na cidade, então começaram a pregar com o desejo de autoafirmação. É possível que estivessem com medo de que Paulo plantasse uma nova igreja e levasse os membros daquela congregação para lá. Estavam intimidados com a grande sabedoriadePaulo em sua pregação.
O problema do grupo que estava contra Paulo nãoera necessariamente a doutrina, mas a intenção que estavam pregando. Para muitos, a pregação do evangelho se tornou algo político. Esse grupo ficava impressionado em como Paulo conseguia pregar para tantos e ser tão influentes mesmo na prisão. Eles buscavam pregar para mais pessoas, tentando converter mais pessoas do que o apóstolo.
Ao nos opormos a certos pregadores, devemos estar baseados no combate a má doutrina, não no propósito ou intenções pelos quais pregam. Se estão falando corretamente, que falem. Doutrina podemos julgar, mas a intenção nem sempre é explícita.
Paulo fala sobre a inveja. A inveja é a pior motivação que um homem pode ter no reino de Deus. Essa foi parte da motivação de Lúcifer, quando quis roubar a glória de Deus. O termo para inveja é phthonos(phthonos), que significa ciúme. Vemos em 1 Coríntios 13 que o amor não arde em ciúmes. Por isso, vemos o quanto precisamos do verdadeiro amor na igreja. Quando fazemos por amor, não há lugar para a inveja, mas infelizmente, o contrário também é verdade.
Em Hebreus capítulo 11, há o que chamamos de galeria da fé. São vários versos que nos dizem a respeito de pessoas que venceram pela fé. Pela fé, Abel ofereceu a Deus sacrifício superior ao de Caim ... Pela fé, Enoque foi arrebatado para não experimentar a morte... Pela fé, Noé, temente a Deus, construiu uma arca para a salvação da sua família... Pela fé, Abraão obedeceu quando foi chamado, pela fé... pela fé, etc.
A bíblia tem uma galeria dos invejosos. Não é tão sistematizada como a da fé, mas existe.
* Pela inveja, Caim matou seu irmão mais novo, Abel. (Gênesis 4.2-8)
* Pela inveja, os filisteus entulharam os poços de Isaque. (Gênesis 26.14).
* Pela inveja, Raquel pressionou seu esposo Jacó para que lhe desse filhos (Gênesis 30.1)
* Pela inveja, os irmãos de José o venderam para o Egito.(Atos 7.9)
* Pela inveja, Saul tentou matar a Davi várias vezes, sem sucesso. (1 Samuel 18.9)
* Pela inveja, entregaram Jesus à morte de cruz (Mateus 27.18).
* Pela inveja, os saduceus prenderam os apóstolos em prisão pública. (Atos 517)
* Pela inveja, os judeus contradiziam as palavras de Paulo (Atos 13.45; 17.5)
* Pela inveja,alguns exercem o ministério de pregar Cristo (Filipenses 1.15)
Warren Wiersbe fala de dois evangelistas ingleses João Wesley e George Whitefield discordavam em assuntos doutrinários. Ambos foram muito bem sucedidos, pregando a milhares de pessoas e vendo multidões a aceitar a Cristo. Conta-se que alguém perguntou a Wesley se ele esperava ver Whitefield no céu e que o evangelista respondeu: Não, não espero. Então não acredita que Whitefield seja um crente? É claro que ele é um crente! — disse Wesley — Mas eu não espero vê-lo no céu — “porque ele estará tão perto do trono de Deus e eu tão longe que não conseguirei avistá-lo!” Embora diferisse do seu irmão em alguns pontos, Wesley não sentia inveja dele, nem tentava opor-se ao ministério de Whitefield.
Corremos dois grandes riscos quando vamos fazer a obra de Deus. 1) Fazer as coisas erradas, com a motivação certa. Pode ser que mesmo sem saber, com boa intenção, erremos em fazer algo na obra de Deus. 2) Fazer a coisa certa com a motivação errada. Paulo nos mostra aqui que é possível fazer a coisa certa com a motivação errada.
Agostinho disse que“não basta fazer as coisas boas, é preciso fazê-las bem”. Foi ele que também disse que “não é tanto o que fazemos, mas o motivo pelo qual fazemos que determina bondade ou malícia”
O que diferencia a santidade do legalismo é a intenção do coração. Quantas vezes somos tomados de um sentimento que é pernicioso chamado orgulho. Fazemos certas coisas que servem somente para inflar nosso ego. Isso pode acontecer quando pregamosouoramos.
A.W. Pink nos disse que o estudo das escrituras serve para nos humilharmos diante de Deus. A leitura da palavra deve causar repulsa e desprezo por nós mesmos, e não complacência. É exatamente isso que Paulo quer dizer quando escreve para os efésios dizendo: “Por essa razão me ponho de joelhos” (Efésios 3.14).
Muitas vezes arrancamos conhecimento das Escrituras para inflarmos nosso egodiante dos homens. Paulo era um grande teólogo, mas não deixava que seu conhecimento sobrepujasse sua vivência de Deus. PrZiel Machado diz que teologia que não nos põe de joelhos não é teologia.
George Müller era conhecido por dirigir um grande orfanato, e também por sua devoção e orações. Em 1829, quando tinha 24 anos, afirmou que estava se dedicando ao estudo de Hebreus quase 12 horas por dia. Estava também se esforçando para memorizar partes do Velho Testamento hebraico. Mas ele disse: “Fiz isso em oração, sempre de joelhos... Eu olhava para o Senhor, mesmo quando virava as páginas do meu dicionário de hebraico”.
A biografia de David Livingstonnos mostra um homem que viva de joelhos. No dia de sua morte, no meio do continente africano, Livingston estava de joelhos orando. Seus irmãos, companheiros nativos testemunharam sobre ele da seguinte maneira: “Foi um homem que viveu de joelhos e morreu de joelhos”.
Nosso conhecimento, experiências, descobertas, ministérios devem nos colocar de joelhos o tempo todo. Esses homens estão nos mostrando o que significa fazer a coisa certa com a motivação certa. Sempre a motivação certa será encontrada em 1 Coríntios 10.31 “... fazei tudo para a gloria de Deus”.
(v.16) Estes o fazem por amor, sabendo que fui posto aqui para defesa do evangelho;
A palavra defesa aqui é literalmente apologia(apologia). Era o tipo de palavra usada diante do tribunal para a defesa de uma causa. Paulo não estava ali para se defender, mas a algo muito mais sublime, que era a mensagem do Evangelho.
Podemos dizer que toda defesaéumatodeamor. Os irmãos que pregavam o evangelho como Paulo,defendiam a mensagem que amavam, e faziam isso para a glória de Deus.A melhor coisa para o evangelho é o defendermos juntos sua mensgem.
Em 1 Coríntios 10.31lemos que tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus. John Piper diz que “Deus ama mais a sua glória do que a nós, e esse é o fundamento de seu amor por nós”. Deus faz tudo para sua gloria e devemos imitá-lo amando sua glória também.
Há muitos que fazem a obra de Deus por amor.
Deus nos três filhos. Luiza, Asafe e Josué. Pouco tempo depois que Luiza nasceu, Deus nos deu Asafe. Luiza é portadora da Síndrome de Down, e a vinda do irmãozinho estava fazendo muito bem a ela. Ambos começaram cedo. Estávamos pensando em trocá-los de escola, quando a professora do Asafe chamou minha esposa e disse: - Gostaríamos de pedir que vocês não tirassem o Asafe da escola. Minha esposa perguntou o porquê. A professora respondeu: - Há na sala do Asafe um menino autista, com o qual ninguém da sala consegue brincar, somente Asafe. Nosso filho só tinha dois anos de idade, mas aquilo, entendemos que Deus o havia concedido a sensibilidade de estar com alguém diferente dele. O amor fez a diferença.
Qual a razão de nosso ministério? O amor pela glória de Deus.
Aplicações Finais
1) A vida do crente é presa no passado, de forma ressentida, mas é vivida com alegria no presente e cheia de esperança pela eternidade na glória.
2) Quando vivemos para Deus até nosso sofrimento O glorifica.
3) Devemos honrar o trabalho daqueles que nos precederam, abrindo o caminho do evangelho para nós. Devemos ainda refletir sobre nosso papel de abrir o caminho do evangelho para as gerações futuras.
4) Nossa vida deve glorificar a Deus, testemunhando aos perdidos e encorajando os santos.
5) Pregar o evangelho é pregar Cristo; é se dedicar a parte principal do evangelho.
6) Não estamos em uma competição. Receberemos nosso reconhecimento naquele dia, quando o Senhor Jesus nos carimbar com o selo “servo bom e fiel”.
7) Devemos pedir a Deus para que, mesmo com a motivação certa, não façamos coisas erradas; precisamos pedir a Deus para que não sejamos ignorantes da verdade.
8) Devemos pedir a Deus para fazermos a coisa certa com a motivação errada. O que diferencia a santidade do legalismo é a intenção do coração.
9) A razão de nosso ministério é a glória de Deus.
1 Timóteo 4.15 “Medita estas coisas; e dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos”.